Escrito por Anonima
Fim
de ano, um tanto de estresse com a quantidade de compromissos. Mas, as
festas deste período não deixam por menos. De todas, essas são as
melhores, é onde me jogo mais. Onde me liberto. Talvez para dar um break
na correria, espantar os fantasmas e dar a cara à tapa com mais coragem
no ano novo.
Recebi
vários convites para o réveillon, e como meu espírito pedia, escolhi a
provável mais louca de todas. Denis e Fábio davam as melhores e mais
insanas festas. Geralmente com o público mais gay possível. E como eu
estava solteira há bem pouco tempo, mas com uma mágoa de dar dó, resolvi
curá-las com a primeira garota que encontrasse afim, ou garotas.
Qual
não é minha surpresa, quando ao chegar à festa a primeira pessoa com
quem me bato seja minha recente ex. Toda feliz, já um pouco alta por
conta da bebida, e acompanhada de um cara sério, e bem mais velho que
ela. Passando sobre mim de mãos dadas com ele, ainda teve a audácia de
me cumprimentar me abraçando toda sorridente. Usava um vestidinho curto e
todo ajustado. Branco com tiras vermelhas e douradas enredando aquele
tecido em seu corpo. Um salto alto, que nunca dispensava e trança no
cabelo. A maquiagem era simples, o olho claro marcado, e no mais,
parecia natural.
Mesmo
com raiva pelo que tinha aprontado comigo, mesmo enciumada por estar
com outra pessoa, mesmo triste por ter sido abandonada. Meu tesão por
ela naquele momento era tão grande que se ao me abraçar tivesse falado
ao meu ouvido pra esperá-la em algum canto; lá estaria eu doida para
libertar aqueles seios de seu decote, e toma-los em minha boca, colocar
minhas mãos por baixo daquele pedaço de pano, tocar aquela carne dura,
preencher seu sexo com meus dedos enquanto ela gemeria em meu ouvido, me
fazendo gozar sem nem mesmo ser tocada de volta. Tal era seu poder
sobre mim!
No
entanto, ela me abraçou, desejou feliz ano novo e saiu correndo
arrastando o cara com quem estava. Para alguns metros depois, o agarrar e
beijar… Poderia ao menos ter feito isso longe de minha visão. Nem
parecia que havíamos vivido na mesma casa, dividindo a mesma cama suada
de nossas aventuras roladas várias vezes ao dia e, muitas outras a
noite.
Senti um pouco
de asco ao recordar de sua traição, naquela mesma cama nossa, com a
nossa melhor amiga. Virei o rosto quando o homem segurou sua bunda e ela
parou o beijo pra gemer em seu ouvido. Estava tão furiosa pela
lembrança, por seu comportamento… Não demonstrava nenhum arrependimento.
Pelo contrário, não se importava em me provocar. Agora então é que eu
queria mesmo extrapolar.
Sai
andando apressada pra perto do palco, onde uma banda de amigos tocava
músicas agitadas de um rock sujo que misturava metal e algo de punk. Eu
pulava, gritava e batia cabeça de olhos fechados, afugentando os
pensamentos. Quando reparei que havia um integrante novo na banda. Ou
seria uma integrante nova? Aquilo me intrigou. A pessoa que comandava a
guitarra parecia ao mesmo tempo homem e mulher. Já havia visto alguns
indivíduos assim, mas era fácil definir depois de alguns minutos
olhando.
Porém, lá
estava eu, parada em frente ao palco, sendo empurrada em alguns
momentos, encarando o/a guitarrista. E não só por conta da curiosidade.
Tinha me instigado bastante. Cabelos curtos e modernos, alguns piercings
e alargadores discretos, umas tattoos nos braços, lineares, simples e
lindas. Uma calça skinny preta com alguns ilhós e uma camisa de botão
vermelha aberta por cima da camiseta branca do Judas Priest. Usava ainda
um coturno simples, que me deixava mais na dúvida. Parecia ter bem
pouca idade, no máximo uns 18 anos. Mas eu adorava a segurança com que
tocava. Suas caras e bocas estavam quase me fazendo gritar feito tiete.
Sem contar que me surpreendia a cada investida nas cordas. Parecia ter
anos de experiência. Eu a fitei do momento em que cheguei à frente do
palco, até o fim do show, que demorou mais umas oito músicas.
Ao
fim do show fui cumprimentar a banda, de quem era amiga há anos. E
questionar pro frontband quem era aquela coisa, e se era homem ou
mulher. Estava disposta a investir mesmo que fosse um rapaz. Dada à
fascinação que me causava. Meu amigo olhou pra mim quase gargalhando
devido a meu entusiasmo.
- Bem! Sony vem aqui! – Disse ele acenando para que viesse ao nosso encontro.
Corei um pouco. Principalmente por não saber ainda se tratar de um rapaz ou moça. E qual a idade da criatura.
- Essa é a Valquíria, minha grande amiga. Valquíria, Sony! – Ao falar isso, se afastou nos deixando sós em silêncio.
Uma
voz meio rouca saiu de seus lábios, num rosto de semblante sério e
tímido, nem parecia quem estava arrebentando o instrumento no palco.
- Prazer Valquíria!- Mordeu os lábios no final, não de jeito intencional, mas num sinal claro de nervosismo.
E eu, a essa altura, estava quase aceitando que seria mesmo um homem.
Meu amigo me sacaneara me apresentando sem definir seu sexo. Agora eu
teria que tomar cuidado e descobrir antes de pagar algum mico. Precisava
saber sua idade também. Então fui logo puxando conversa.
- Nossa você manda muito bem no palco! – O ser em minha frente corou instantaneamente.
- Valeu! Eu me esforço… Lá me sinto livre pra fazer o que quiser.
- Deveria ser assim sempre. Há quanto tempo você toca?
-
Há uns nove anos. Comecei com treze. – Bem, estava aí sua idade. Vinte e
dois anos, isso era ótimo! Nossa diferença de idade nem era tanta,
apenas quatro anos. Praticamente era só correr pro beijo.
- Poxa, precoce você. E como se deu essa paixão? – Perguntei curiosa.
-
Meu pai é músico. Toca sax numa banda de jazz desde bem jovem. Ele
sempre quis que eu pegasse um instrumento, e eu escolhi a guitarra.
Gosto de blues, jazz… Mas minha coisa é por músicas mais extremas.
- Entendo perfeitamente!
Em resposta deu um sorrisinho nervoso, enfiando as mãos nos bolsos.
- Mas, Sony, não é?
- Isso!
- O que houve com a Renata que tocava antes de você na banda?
- Você não soube? Ela engravidou de um cara com quem tava ficando. E deu a louca na guria, eles casaram.
-
Como é que é?! – Falei quase gritando, com os olhos arregalados. Eu
estava realmente surpresa. A Renata era bem masculina. Tínhamos nos
pegado algumas vezes na adolescência. Nunca a vi com homem, nem falava
de homem. Se bem que estranhara a mudança de estilo nos últimos anos.
Mesmo assim, não preveria aquilo de forma alguma.
- Pois é! Não sei como não ficou sabendo disso. Mês passado ela era assunto em toda roda.
Eu
sabia por que não tinha ouvido falar nessa historia. Estava trancada em
casa sofrendo pela traição, pelo rompimento. Só trabalhava e dormia,
basicamente. Havia começado a sair há menos de uma semana.
- Nossa, que loucura! Eu andei meio ocupada. Mas é incrível o que se perde em poucos dias né?
-
Oh se é! Fiquei até com medo quando soube que ela estava grávida, achei
que o filho fosse meu. – E ao falar isso gargalhou feito criança. Como
se tivesse feito piada. Não entendi bem. Mas aí, tive certeza que se
tratava de um homem. Ficou meio sem graça, e tentou mudar de assunto.
- Mas, então… Gostou do repertório da banda? Nós adicionamos umas músicas novas e tal…
-
Ah, tá show! Vocês estão trabalhando algo novo. Vão gravar alguma
coisa?—Assim que fiz a pergunta o DJ começou a tocar, e nossa conversa
naquele ambiente não era mais viável.
- Vamos pra aquele lado. Tá mais tranquilo!
-
Bora! – Já estudando a possibilidade de agarrar aquele rapazote entre
as árvores que permeavam o clube onde a festa acontecia. Pegamos umas
bebidas, e caminhamos na direção oposta ao barulho.
Ao
chegar num canto onde estava mais escuro, e continuar a conversa de um
jeito mais leve enquanto todos se distraiam na pista dançando, eu não
pude resistir por mais tempo. Tomei uns goles da bebida gelada, olhando
diretamente naqueles olhos pequenos e acanhados, insinuando que a
próxima coisa que colocaria na boca era ele.
E
então, larguei o copo quase vazio, o puxei contra meu corpo e beijei
torridamente. No começo parecia assustado, quase caiu se recostando na
parede com um baque. O beijo continuou mais violento. Eu o sentia
parado, sem reação no início. Com o tempo, uma mão na minha cintura,
outra em meus cabelos me puxava com vontade em direção a seu corpo e
rosto. Ele tinha um cheiro maravilhoso de algum perfume masculino que eu
conhecia, mas não recordava o nome. O olfato me instigava tanto quanto
os outros sentidos. Estava sensível, e só de ser levemente tocada já me
arrepiava e gemia sem querer.
Após alguns minutos de beijo, meu ventre sentia falta de algo. Um
volume que o pressionasse, denunciando desejo. Eu forçava meu quadril
contra sua virilha, e não importa o que fizesse, nada sentia. Parei o
beijo, bastante ofegante, mas um pouco preocupada de não estar
agradando. Mesmo que fosse gay, a essa altura estaria, ao menos, um
pouco excitado. Ele, que era muito branquinho, estava vermelho, os olhos
meio fechados, mordendo os lábios. Suas mãos não saiam de meu corpo. O
peito num sobe e desce frenético. Estava visivelmente excitado. Então, o
que havia de errado? No tempo que passei sem ficar com homens eles
tinham perdido o poder da ereção?
Ao ver que olhava confusa para ele. Mudou de expressão, ficando sério com ares preocupados.
- O que foi?
- Nada… Você tá gostando? – Perguntei reticente.
- Se eu to gostando? Acho que nunca fiquei tão molhada…
Eu
havia ouvido direito? “Tão molhada”! Era mulher, como não fui capaz de
perceber antes? Sentia-me envergonhada. Sem graça comecei a rir.
- O que foi?
- Você vai ficar brava se eu te contar uma coisa?
- Sei lá, diz!
- Eu achei que você fosse homem! – Falei rindo muito. Ela também riu sem jeito.
- Acontece de vez em quando… Então, isso é tão ruim assim?
- Se é ruim? Isso é muito melhor que se fosse homem. — E voltei a beijá-la, só que agora ainda com mais fome que antes.
Em
dado momento eu não conseguia mais me segurar. Estava com tanto tesão.
Agora eu passava a mão nela inteira. Era magrinha, seios bem pequenos
que agora eu podia sentir, pois havia colocado a mão por baixo da
camiseta. Uma pele macia que pedia por meus lábios, língua, dentes…
Falei baixinho ao seu ouvido:
- Vamos ao banheiro, não suporto mais. Isso é tortura!
Ela
nem respondeu, sacudiu a cabeça positivamente enquanto segurava minha
mão me puxando em direção ao banheiro feminino. Algumas pessoas nos
encararam quando entramos meio afoitas. Talvez por acharem que se
tratava de um casal hetero. Trancamos a porta atrás de nós, e ficamos
encostadas nela por por um instante. Eu já tinha levantado sua blusa e
lambido seus pequenos mamilos. Ela tateava meus seios por cima do
vestido, procurando um jeito de tirá-lo e tocá-los apropriadamente.
Achamos melhor naquele momento, nos movermos para um dos boxes.
Trancamo-nos
num box, e lá pudemos facilitar os toques. Eu baixei o zíper do meu
vestido, pra que ela tivesse livre acesso aos meus seios. Ela parecia
uma criança ao vê-los, começou a chupá-los, com tanta vontade que eu
sentia ímpeto de gritar de tanto desejo. Segurava os dois, juntando-os e
passava de um para o outro, como pra que os dois tivessem a mesma
atenção. Eu abria um pouco o zíper de sua calça, e com alguma
dificuldade consegui baixa-la até o meio de suas coxas, comecei a passar
os dedos sobre sua roupa de baixo, ela usava cuecas, e estava mesmo
muito molhada.
O
tecido leve da peça estava todo encharcado. Dava pra sentir a anatomia
de seu sexo por cima dela, quase nada de pelos, tinha pouco volume ali.
Coloquei a mão por dentro de sua cueca pra tocar-lhe. Ela largou o
mamilo que mordiscava e soltou um gemidinho. Meus dedos mal entraram em
contato com sua pele e escorregaram pro meio de sua carne. Sua bocetinha
era estreita, e naquela posição, os apertava mais ainda. Ela não
conseguia manter o mesmo ritmo nos meus seios enquanto eu a tocava.
Então, encostou-se na porta retirou a camisa e a camiseta, revelando
curvas inesperadas por conta da magreza. Puxou minha cabeça contra seus
seios, pegou minha mão desocupada e começou a chupar meus dedos com
força.
Aquilo me era
bastante excitante! Sentia como se tivesse um pau, e ela estava a
estimulá-lo, tanto com sua boca, quanto com seu sexo. Ela lambia cada
milímetro de minha pele com sua língua quente, e oscilava entre firme e
mole. Eu mordiscava e lambia seus pequenos seios. Ela levantou o corpo
ficando de ponta de pé, e abrindo um pouco mais as pernas voltando-se
para mim. Comecei a socar forte, deslizava fácil pra dentro dela. Ela
largou meus dedos e levou meu rosto pra um beijo. E enquanto me beijava,
começou a gemer baixinho, tremendo. Sentia sua carne se comprimir, suas
pernas fraquejarem devido a posição que se encontrava. Seus sons eram
abafados dentro de minha boca, e eu nunca tinha experimentado um beijo
tão instigante. Soava desesperado e maravilhoso, era seu gozo!
Era
a minha vez! Mal se recuperara e seus olhos denunciavam isso.
Ajoelhou-se, levantou meu vestido até acima do umbigo, desceu minha
calcinha e começou a lamber minha pele enquanto me explorava com dedos
bastante ágeis e sua mão firme ao mesmo tempo que delicada. Apoiei um
dos pés no vaso, estava entregue a ela. Apertava e massageava meus
próprios seios olhando o que ela fazia lá embaixo. Ela passava a língua
na coxa que estava afastada, depois voltou-se pro meu sexo. Parou por um
instante pra encará-lo. Ao contrário da dela, minha buceta era carnuda,
e estava bastante inchada. Eu já estava a ponto de gozar, e ela sabia
disso.
Então, só provocava soprando frio nela. Enfiou dois dedos em mim.
Iniciou então, de leve, um conjunto de lambidas e suaves chupadas nos
pequenos lábios. Eu não demorei muito a ficar prestes a gozar. Foi
quando ela rapidamente me tirou daquela posição, me pondo de costas. Não
entendi nada, até que a senti chupar meu cuzinho, enquanto tinha dedos
em mim. Eu gritava tanto, que a música, alta lá fora, não era suficiente
pra abafar. Era a primeira vez que me faziam aquilo. E a sensação era a
melhor possível. Era uma descoberta que me surpreendia. Não queria que
ela parasse nada, queria adiar o orgasmo iminente. Mas não dava pra
evitar. Eu sentia que estava cada vez mais perto. Como um turbilhão,
minha cabeça parecia ferver. Eu tentei ainda conter o grito derradeiro.
Mordia a mão bem forte enquanto ela aumentava a velocidade das lambidas
molhadas, e das estocadas. Suor, misturado a sua saliva e meu liquido
escorria pelas minhas pernas que vibravam junto com todo o meu corpo
enquanto eu tinha o melhor orgasmo de minha vida.
Ela
parou, me deu alguns beijos na bunda, subindo até as costas, enquanto
eu rebolava com ela ainda dentro de mim. Eu sorria feita menina
satisfeita. Ela beijou meu pescoço, mordiscou e lambeu minha orelha, e
veio devagar me oferecendo seus lábios. Sua boca toda molhada, e eu a
beijei com ainda maior intensidade que antes. A gente gemia alto
enquanto eu ainda sentia prazer com ela enfiada em minha carne. A música
parou de repente, e todos começaram a contar: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3,
2, 1… O ano novo havia chegado. E nós naquele banheiro, se despedindo
dos últimos orgasmos do ano velho e saudando mais novos orgasmos no ano
novo. Só saímos do banheiro pra pegar um táxi e ir direto pra minha
casa. E aquele ano não poderia ter começado melhor!
Anonima - Uma mulher misteriosa e anônima... Querendo compartilhar os segredos íntimos de sua vida...
Nenhum comentário:
Postar um comentário